Quando dizer ao filho que ele foi adotado.

Publicado em: 10 de maio de 2016.

Especialistas indicam que a criança deve saber sobre a adoção e cabe aos pais contar a verdade.

A adoção é uma decisão muito importante na vida de uma família que precisa ser bem orientada e, principalmente, planejada para trazer muita alegria aos pais e também aos filhos biológicos. A orientação é especialmente importante porque muitos pais de crianças adotadas têm dúvidas sobre se devem contar a verdade a elas, como e quando é o momento ideal para isto.

Manter a adoção em segredo é muito difícil e sofrido para os pais. Além disso, existe a possibilidade da criança descobrir sem querer através de outras pessoas. Isso pode gerar um sentimento de traição, a criança perde a confiança nos pais por achar que foi traída.

A opinião de terapeutas e psicólogos parece ser unânime no assunto: a criança tem o direito de conhecer a história de sua vida e deve saber sim sobre a adoção. O ideal é que sejam os pais que se encarreguem da missão de contar ao filho que ele foi adotado.

Muitos especialistas indicam que a criança deve saber ainda pequena, já que a pouca idade permite que ela aceite a ideia desde muito cedo e consiga se adequar melhor ao conceito de ter sido adotada. Entretanto, outros acreditam que fazer esta revelação a uma criança pequena pode confundi-la e recomendam ser melhor esperar até que a criança seja maior.

A reação de cada criança diante da verdade pode ser diferente: pode ocorrer negação, a criança pode criar fantasias sobre a adoção e passar a acreditar que foi dada porque não era um bom filho ou ainda que foi sequestrada.

Por isso, é muito importante que os pais falem com franqueza, de forma natural sobre o assunto adoção dentro de casa e apresentem a situação de maneira muito positiva. Ainda assim a criança pode desenvolver problemas emocionais e de comportamento. Se os pais perceberem que a criança tem dificuldades para lidar com o assunto, o melhor a fazer é buscar ajuda profissional.

Fonte: Dicas de Mulher

 

Instruções:

1 Quando. Não existe o momento perfeito, você não deve planejar qual é o melhor momento para falar com seu filho, porque nunca será um momento ideal. Alguns especialistas no assunto recomendam que o tema vá sendo desenvolvido à medida que a criança faça as perguntas típicas da idade a respeito de sua origem. É importante estar preparado para quando esse momento chegar, e é fundamental encará-lo com a maior naturalidade possível.

2 Como. A informação que daremos ao nosso filho vai ser de acordo com a sua idade. Não recomendamos que se ofereça toda a informação na primeira vez que a criança perguntar, já que será muita informação a processar e não fará mais que confundi-la. A criança saberá quando voltar a perguntar a respeito, não devemos nos assustar se no começo ela não demonstrar muito interesse.

3 Confiança. Você deve transmitir a seu filho a confiança suficiente para que ele tenha a liberdade de lhe perguntar todas as coisas que lhe interessarem quando lhe parecer apropriado. Pode ocorrer que ele pergunte a mesma coisa em diferentes etapas de sua vida, isto significa que está processando o assunto. Você deve estar aberto e preparado para as perguntas que ele lhe possa fazer sobre sua origem. É importante que ele sinta que pode falar com você.

4 Sinceridade. Todas as perguntas que ele fizer a respeito de sua origem devem ser respondidas com total sinceridade. É fundamental que a criança conheça seu passado para poder construir sua própria identidade. Mostre-se cooperativo em tudo o que seu filho queira saber. Se ele quiser procurar mais informação sobre seus pais biológicos, apoie-o. É fundamental que ele saiba que vocês como pais, vão estar sempre com ele.

5 Apoio. Quando as crianças ficam sabendo que foram adotadas, costumam ter a fantasia de que seus pais biológicos os abandonaram porque eram maus. Por isso, é fundamental falar com absoluta franqueza com a criança e explicar a ela o amor que vocês, como pais, sentem por ela. Mostre-lhe seu amor e conte como vocês ficaram felizes quando a adotaram. Transmita-lhe estabilidade e segurança.

6 Reação. Frente à notícia, a criança pode reagir de várias maneiras. Em alguns casos, elas tendem a ter condutas problemáticas, mudanças repentinas de humor, entre outros. Mas fique tranquilo, é parte do processo de aceitação. Se estas condutas se tornarem persistentes, consulte um profissional. A psicoterapia pode ajudar neste processo.

Conselhos

  • Se você sente dificuldade de dizer a seu filho que é adotado, consulte um especialista.

Fonte: UMComo